Socioemocional no Fundamental I:
As emoções secundárias e as habilidades de relacionamento.
O socioemocional no Ensino Fundamental I (anos iniciais) tem o papel de desenvolver a autorregulação emocional, as habilidades de relacionamento e a formação de uma identidade positiva.
Muito além da relação individual com seus sentimentos, o desenvolvimento socioemocional deve estimular a criança a compreender como suas atitudes também influenciam as emoções do outro.
Outro objetivo importante é fortalecer o desenvolvimento da autoestima e da autoconfiança.
Neste post, você vai aprender como trabalhar as competências socioemocionais com crianças de 6 a 10 anos.
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Como trabalhar o socioemocional na Terceira Infância?
A terceira infância, período dos 6 aos 11 anos, coincide com o período do ensino fundamental anos iniciais (1º ao 5º ano).
Nessa fase, a criança começa a estabelecer a sua identidade e aprimora as suas capacidades cognitivas. Desta forma, ela já é capaz de reconhecer e expressar emoções mais complexas, as chamadas emoções secundárias.
A criança também começa a ampliar a sua relação com grupos sociais mais amplos, além da família. Portanto, a educação socioemocional também deve priorizar as habilidades de relacionamento.
Desta forma, o aprendizado sobre as emoções vai acontecer a partir das reflexão sobre os sentimentos que surgem nas interações em grupo e do confronto com os limites morais.
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As emoções secundárias na Infância
A partir dos 6 anos de idade, além de expressar as emoções primárias, a criança já é capaz de lidar com emoções mais complexas. As emoções secundárias são combinações de diferentes emoções, o que pode torná-las mais difíceis de serem identificadas e compreendidas.
Essas emoções podem ser aprendidas ao longo da vida, uma vez que sofrem influência direta da moral e da cultura. Por esse motivo, também são chamadas de emoções sociais.
Como exemplo dessas emoções temos: vergonha, solidão, euforia, orgulho e gratidão.
Habilidades de Relacionamento
A educação socioemocional deve desenvolver na criança a capacidade de se relacionar em diferentes grupos sociais: família, escola e amigos.
Além das habilidades de comunicação e empatia, a criança deve reconhecer a importância da conduta ética para viver em sociedade. As regras de convivência devem ser assimiladas a partir de reflexões sobre limites morais.
A noção de limite é essencial para o desenvolvimento moral, psíquico e afetivo da criança,
permitindo o exercício da tolerância à frustração e a aceitação das regras coletivas.
Sendo assim, muito mais que aprender a lidar com as emoções, o desafio é apoiar a formação da identidade com base em virtudes e valores humanos.
Autoestima e Autoconfiança
A partir da terceira infância, as crianças se tornam mais conscientes de si mesmas, de suas habilidades e do mundo ao seu redor. Surgem os primeiros questionamentos em relação ao “quem eu sou?”, inseguranças sobre autoestima e dúvidas sobre autoconfiança.
Sendo assim, o desafio é apoiá-las na construção de uma identidade positiva. Portanto, a educação socioemocional deve iniciar o processo de autoconhecimento, considerando o reconhecimento da personalidade, características físicas, valores, papéis sociais e potencialidades.
Porém, é preciso que a criança também reconheça os limites da sua idade, se percebendo como alguém ainda em desenvolvimento. Além disso, exercitar a tolerância à frustração e a aceitação das regras coletivas é de fundamental importância nessa faixa etária.
Mas acima de tudo, a criança precisa se sentir acolhida e encorajada em um ambiente de aceitação e apoio.
Socioemocional no Ensino Fundamental I
A KUAU desenvolveu o programa Histórias de Descobertas para a educação socioemocional de crianças de 6 a 10 anos (1º ao 5º ano do Ensino Fundamental Anos Iniciais).
O programa desenvolve a regulação emocional e boas práticas de convivência e socialização a partir de valores como respeito, justiça, diálogo, cidadania e solidariedade.
Aprendizagem com Metodologias Ativas
A aprendizagem é desenvolvida utilizando música, desenho, pintura e atividades artísticas manuais como forma de expressão das emoções e descobertas sobre o mundo ao seu redor. A metodologia também contribui para o desenvolvimento da criatividade e das habilidades sociais.
O desenho como linguagem
Muitas vezes, a criança ainda não sabe verbalizar tudo que sente. O desenho ajuda o aluno a demonstrar seus sentimentos, estabelecendo assim, novas formas de expressar suas ideias e emoções.
Autoconhecimento e Comunicação
Através do material da KUAU, os alunos aprendem a contar suas histórias exercitando a habilidade de comunicação oral, a autoconfiança na hora de se expressarem e a escuta ativa ao ouvir a histórias dos colegas em sala de aula.
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