Protagonismo Juvenil
Tudo o que você precisa saber sobre Protagonismo Juvenil e como desenvolver o protagonismo dos alunos na sua Escola
Na BNCC, um dos objetivos da escola é auxiliar no desenvolver da consciência social, cooperação e colaboração nos alunos, ou seja, desenvolvimento o seu protagonismo juvenil.
Sabemos que esta tarefa pode parecer um desafio, mas não se preocupe: nós da KUAU preparamos esse post com os conhecimentos fundamentais sobre protagonismo juvenil para compartilhar com você!
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“Protagonismo juvenil é uma abordagem pedagógica para o desenvolvimento de alunos autônomos, colaborativos e socialmente responsáveis, capazes de compreender seu papel no mundo.”
Pensando na educação para desenvolvimento da autonomia, torna-se imprescindível difundir o ensino do protagonismo juvenil na escola. Assim, nos próximos parágrafos, vamos discutir sobre:
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Educar um protagonista é possibilitar que ele tenha autonomia para responder a perguntas como “Quem sou eu?” e descobrir qual é o seu papel no mundo. Assim, a proposta é estimular os alunos para que exerçam tanto uma atuação social e política, como também comunitária ativa.
O que é Protagonismo Juvenil?
Quando falamos de protagonismo, nos referimos ao jovem como personagem central da sua vida. Não é sobre ter uma posição de destaque ou se sobressair aos demais, mas se enxergar como o ator principal na construção do seu Projeto de Vida, buscando um papel ativo e colaborativo na família, escola e comunidade.
Para Antonio Carlos Gomes da Costa, a principal referência do tema em questão, assumir o protagonismo de sua vida é participar de ações coletivas de forma voluntária, tendo como motor da sua iniciativa os próprios interesses e seu compromisso social, é atuar na resolução de problemas reais. Gerando proveito para o bem coletivo.
“O protagonismo é um dos pilares para a construção da autonomia”
Na BNCC, estimular o protagonismo na escola, tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio é algo necessário.
Afinal, o que dá suporte para a construção e viabilização do Projeto de Vida dos estudantes é um eixo que deve ser foco central do projeto pedagógico.
Em conformidade, a UNESCO incentiva o protagonismo como prática pedagógica visando empoderar e capacitar os jovens.
A fim de torná-los aptos a formar um pensamento crítico e autônomo e serem capazes de construir sua identidade a partir de valores humanos.
A identidade protagonista
A adolescência é um período muito importante na formação da identidade. O protagonismo juvenil como abordagem pedagógica estimula um processo gradativo de autoconhecimento, a construção da autoimagem de alguém capaz de enfrentar desafios atuando de forma colaborativa em prol de um bem comum.
Com o protagonismo juvenil na escola, o estudante será estimulado a desenvolver competências de autogestão e consciência social, contribuindo para a formação da sua autonomia moral.
“A base é participar, o meio é cooperar e o fim é autonomia dos jovens.”
– Antonio Carlos Gomes da Costa
Segundo Piaget, a autonomia moral é o conjunto de valores morais que são adquiridos e desenvolvidos desde a mais tenra infância. Portanto, por meio de interações com outras pessoas, adultos principalmente, a criança passa e evolui pelos estágios de desenvolvimento moral a seguir:
- Anomia – A criança não compreende as regras sociais de forma alguma;
- Heteronomia – Nesse estágio a criança passa a obedecer às normas sociais por obediência e respeito unilateral aos adultos que determinam as regras;
- Autonomia – A pessoa entende e segue normas morais não por “dever”, mas porque internaliza e compreende sua essência: o respeito mútuo, cooperação e a reciprocidade.
O protagonismo juvenil não vê a autonomia como ponto de partida, mas a vê como seu ponto de chegada: a construção de uma identidade protagonista.
Por que trabalhar o Protagonismo Juvenil na Escola?
Estimular o protagonismo juvenil dentro da escola é uma tarefa essencial para o desenvolvimento pessoal do aluno, ampliando seu repertório de experiências de vida.
Participar de projetos de protagonismo na escola favorece o desenvolvimento humano pleno e a formação para a cidadania propriamente dita, pois possibilita ao adolescente executar ações voltadas à formação do senso crítico, exercitando assim seus valores e princípios.
“A escola apresenta-se como espaço e lugar para a vivência do protagonismo juvenil enquanto processo pedagógico de desenvolvimento humano.”
– Thais Gama da Silva
Além disso, com criatividade e originalidade, o jovem autônomo tem iniciativa e se mobiliza em favor de causas sociais que percebe serem relevantes para si próprio, sua família, grupo social e sua comunidade.
Há espaço mais privilegiado para isso do que a escola? Existe melhor zona de descoberta e experimentação social para praticar a educação para a cidadania?
Educação para a Cidadania e Protagonismo Social
A BNCC enuncia que a escola deve “valorizar os papéis sociais desempenhados pelos jovens, para além de sua condição de estudante, e qualificar os processos de construção de sua identidade e de seu Projeto de Vida.”
Segundo Antônio Carlos Gomes da Costa, é por essa razão que é importante estimular, durante a adolescência, o engajamento do jovem em trabalhos sociais. Nesta fase da vida, a socialização gera maior interesse pelos fatos que ocorrem no mundo e também gera preocupação com as diferenças sociais.
O trabalho social não só proporciona a realização pessoal do adolescente, como acaba possibilitando que se tornem cidadãos conscientes e preocupados com seu próprio bem-estar e com o bem comum.
No entanto, é preciso enfatizar: Quando falamos sobre trabalho social, não estamos falando sobre um projeto social em que o jovem participa executando ações mecanicamente. Estamos na realidade nos referindo a um voluntariado autêntico em que os jovens sejam estimulados a pensar e agir.
“Ser voluntário é uma forma de protagonismo.”
Desafios no ensino do Protagonismo aos jovens na escola
Estudos na área mostram que muitas vezes o protagonismo juvenil nas escolas não é devidamente desenvolvido e isso pode acontecer por diversas razões.
Uma delas, a princípio, é o desconhecimento do corpo docente quanto a aplicação de, por exemplo, algumas diretrizes da BNCC, que dão fundamento à prática educativa do protagonismo juvenil na escola.
Dessa maneira, por não entender o conceito e a importância do Protagonismo Juvenil, o tema pode ser transmitido de maneira rasa e até mesmo equivocada.
A atuação do jovem pode ser percebida como autônoma, mas talvez não seja de fato o que aconteça. A participação do aluno pode acontecer como um dos tipos a seguir:
Participação manipulada – Os adultos determinam e controlam o que os jovens deverão fazer numa determinada situação. Por exemplo, realizando atividade que tem regras objetivas a serem cumpridas e não há espaço para ação voluntária do educando, logo não há protagonismo juvenil.
Operacional – Os jovens participam apenas da execução de uma ação. Um caso operacional de atividade social seria catar lixo na praia, mas essa sendo uma atividade pré-estabelecida pela escola, ou seja, sem iniciativa dos alunos.
Participação plenamente autônoma – Os jovens realizam todas as etapas, desde a iniciativa até a decisão, do planejamento, da execução e da apropriação dos resultados. Como exemplo, os próprios alunos criando e realizando campanhas de conscientização a respeito do meio ambiente, cuidando eles mesmos da administração e desenvolvimento da ação.
Segundo essa escala, somente no último exemplo o protagonismo juvenil é reconhecido e bem desenvolvido. Por isso, é interessante ter o conhecimento sobre o verdadeiro protagonismo juvenil. Desse modo, a escola estará mais capacitada a traçar com clareza os caminhos a serem utilizados para atingir este objetivo.
Como trabalhar o Protagonismo Juvenil na Escola?
Acima de tudo, seu papel é mais do que proporcionar conhecimentos técnicos para inserir o aluno no mercado de trabalho, é ser um orientador para o jovem vir a ser protagonista de sua própria história de vida.
Nesse sentido, o educador deve incitar a iniciativa dos seus educandos e mostrar como a liberdade de escolha deve ter como pilar a responsabilidade, assim como o compromisso com o bem comum.
A escola que acredita no potencial protagonista de seus alunos tem um papel poderoso no desenvolvimento positivo de seus educandos. Por isso, a BNCC propõe aos educadores alguns enfoques que podem auxiliar no desenvolvimento prático do protagonismo juvenil dentro da escola.
Em síntese, alguns deles são:
- Dar sentido ao que é aprendido dentro das salas de aula com os desafios reais fora da escola; tais quais, os ensinamentos de cidadania dados pelos educadores devem envolver a realidade dos jovens e não somente ao mercado de trabalho;
- Garantir que seus estudantes sejam protagonistas em sua aprendizagem, fortalecendo sua cognição, reflexão e ação, necessárias para conquistar sua autonomia pessoal, intelectual e política;
- Promover a aprendizagem colaborativa, de forma a ampliar a capacidade de trabalharem em equipe e aprenderem com outros alunos; e
- Incentivar seus alunos a terem atitudes voluntárias e solidárias de cooperação na comunidade, no trabalho e na sociedade, sempre apoiados nos conhecimentos que adquiriram junto a ideias de inovação.
Desenvolver essas competências dentro da escola favorece a preparação básica para o trabalho e a cidadania. Dessa maneira, possibilita ao estudante ocupar de forma ativa, crítica, criativa e responsável seu papel no mundo, viver seu projeto de vida e continuar aprendendo, sendo capazes de transformar a sua realidade.
Programa de Protagonismo Juvenil
O programa de Projeto de Vida da KUAU oferece uma parceria com você, educador. Através de um programa baseado em metodologias ativas e preparado para o ensino híbrido, você terá uma fonte de recursos pedagógicos para mobilizar o desenvolvimento de habilidades e competências como o protagonismo, a autogestão, a empatia e a responsabilidade social dentro da escola.
Se apropriando de seu protagonismo, o educando tem maior capacidade de realizar escolhas conscientes, éticas e propositivas em sua vida, agindo e posicionando-se a partir de seus princípios e valores construídos por si mesmo.
Além disso, o estudante é capaz de compreender melhor o seu papel social e desenvolver ações de cidadania com base na sua autonomia moral.
Acima de tudo, a autonomia, a consciência social e a solidariedade, são competências e exercícios que exigem a autorreflexão e ajudam o jovem a apoderar-se da responsabilidade sobre o impacto que suas ações trazem para si mesmo no presente e como elas podem influenciar seu futuro.
Logo, ao pensar sobre seus anseios, sobre quem querem se tornar e sobre o lugar que desejam ocupar no futuro, ou seja, ao planejar seu Projeto de Vida, seus objetivos terão como base respeito, compromisso social e integridade pessoal.
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Jailma Monteiro da Silva
Olá. Sou Jailma,
Sou educadora social trabalho com crianças e adolescentes.
Estava fazendo uma pesquisa na internet sobre protagonismo juvenil e fiquei muito
feliz quando encontrei esse material disponível.
Obrigada.
Cleunice Leão
Olá, sou Cleunice estava procurando algo que me orientasse com clareza sobre protagonismo juvenil encontrei esse material e me encantei, baixei o e-book e sugiro que quem quiser algo bem sussinto e completo sem muito blá blá blá esse é top.
Parabéns ao KUAU, que contribui de forma enovadora e eficaz com conteúdos de relevancia pedagógica.
Giovani Oliveira
Parabéns pelo trabalho e pela qualidade e clareza do conteúdo.